sexta-feira, 3 de abril de 2009

Saudades de Kurt Cobain

Há 15 anos, no dia 5 de abril de 1994, Kurt Cobain, o vocalista do Nirvana loirinho com carinha de capa da revista Capricho foi encontrado morto em sua casa, em Seattle. Se Kurt realmente se suicidou ou se foi suicidado pela sua mulher, Courtney Love, como muitos insistem em afirmar - numa tentativa de fazer dela a Yoko Ono do Nirvana - ainda não é possível saber. Mas é fato que ela mandou demolir a garagem onde o corpo de Kurt foi encontrado e hoje vive dando festinhas na casa onde morou com o líder do Nirvana. Polêmicas à parte, o que se sabe é que depois da morte de Kurt, o movimento grunge ficou de luto e eu fiquei órfã.

Na época eu nem fazia idéia do que seria o grunge para os anos 90, pois ainda vivia a ressaca do punk dos anos 80. Só fui descobrir aquele rock sujo e visceral do trio de Seattle muito tempo depois, mas me lembro que quando ouvi "Smells Like Teen Spirit" pela primeira vez, um novo horizonte musical se abriu em minha vida, para sempre. Eu nunca mais fui a mesma.
E quando comprei o "Nevermind", saí da loja saltitando de tanta felicidade, adolescente que eu era. Eu não parava de ouvir "Come As You Are". Mas preciso confessar uma coisa: sempre odiei "Polly", pois morria de ciúme do Kurt. Pra vocês verem como o ciúme é uma coisa burra: eu não sabia que "polly" é um apelido comum para papagaios nos Estados Unidos, equivalente ao que chamamos de "loro" aqui no Brasil! Só depois de descobrir isso pude me reconciliar com a música.
Tempos depois, fiquei ainda mais feliz quando comprei o "Unplugged In New York", que considero o melhor ábum acústico lançado pela MTV. A faixa "Jesus Doesn't Want Me For a Sunbeam" é sensacional! Mas excelente mesmo foi a versão da música "The Man Who Sold The World", de David Bowie. Até hoje eu ainda ouço esse disco.

Bom, sem mais delongas, decidi prestar uma singela homenagem aos 15 anos da morte de Kurt, postando aqui algumas das versões feitas com a clássica capa do álbum "Nevermind", quase tão parodiada quanto a capa do "Sgt Pepper's".

A começar pela versão dos Simpsons, a mais famosa.


Essa do tubarão eu adoro!



Esse pessoal tem uma criatividade!



Teve até a versão do Lego!



Não sabe quem é o feioso da foto aí embaixo? Pois é ele mesmo, o próprio, Spencer Elden, o bebezão da capa, dezessete anos depois. Visões do inferno... rs



Primeira conclusão de Madame CoCo: algumas crianças não deveriam crescer nunca.



Segunda conclusão de Madame CoCo: alguns discos e líderes drogados de bandas de rock and roll são eternos.

Eis que os adolescentes descobrem o folk e Dorival Caymmi...


Tudo começou com aquele documentário do Martin Scorcese sobre o Bob Dylan. Mas, apesar do frissom causado pelo filme, o cineasta talvez tenha percebido que um vento diferente já estava soprando na música americana. Algumas bandas estavam começando a fazer releituras do folk. Bem, pra isso chegar até aqui não demorou muito.

Na pele de nossa queridinha lindinha e chatinha Mallu Magalhães, o folk se descobriu tupiniquim. Mallu compõe bem ao estilo de Bob Dylan, Johnny Cash e até Elvis, suas principais influências, segundo ela mesma sempre diz. Entretanto, apesar da precocidade musical da garota, que se pode perceber pela sonoridade de suas canções e pela complexidade de algumas composições, as letras retratam ainda o universo de uma adolescente de 16 anos, que está descobrindo o mundo, a vida, a música e a arte. Isso fica claro quando se ouve "Tchubaruba", que gruda nos ouvidos feito um chiclete. Não há muito segredo na música de Mallu Magalhães. Apesar da qualidade técnica, sua fórmula se resume a copiar, copiar, copiar e copiar os ídolos. Se prestar bem atenção, dá até pra ouvir a menina forçando a voz pra cantar que nem Bob Dylan.

Mallu Magalhães é fã de outra banda brasileira que também deu nova roupagem ao folk, o Vanguart. Aliás, a moça até já namorou o vocalista, Hélio Flanders, de 23 anos. Vanguart é, talvez, a grande revelação da cena musical alternativa nacional. Com apenas um ano de estrada, os moleques de Cuiabá já conseguiram gravar um DVD pelo Multishow e suas composições e letras sim, são bem mais complexas. Apesar da clara influência do folk, dá pra perceber que os meninos não estão a passeio. Eles também criam, inventam, se reinventam, diferentemente da Mallu, que segue a mesma forma-fórmula folk sempre.


Mallu Magalhães e Vanguart têm em comum uma mesma origem. Ao contrário dos músicos de gerações passadas, que começaram tocando em garagens e barzinhos underground, estes novos músicos trilharam o caminho inverso. Trancados em seus quartos e com um computador com internet banda larga à disposição, essa garotada se lança primeiro na internet, através do site de compartilhamento de músicas Myspace, pra depois se aventurar a cair na estrada. É a chamada Geração Myspace. Uma geração de adolescentes que já nasceu baixando músicas, que anda com seu MP3 player pra baixo e pra cima, que não precisa do aval das grandes gravadoras para gravar um disco e que tem muita facilidade para cantar e compor em inglês. O músico Renato Russo, que, no DVD acústico da Legião Urbana faz uma crítica severa às bandas nacionais que cantam em inglês, com exceção do Sepultura, deve estar se revirando na tumba agora, vendo essa explosão de bandas brasileiras cantando na língua de Tio Sam. Bem, Vanguart além de compor em inglês e português, também compõe em espanhol, mostrando que pra eles, a música não tem mesmo fronteiras. Aliás, essa banda parece que já nasceu sem saber o que são fronteiras, visto que já estão em turnê pela Europa.

O frontman do Vanguart, Hélio Flanders, é uma mistura de Bob Dylan com Marcelo Camelo adolescente. Com uma cabeleira bem ao estilo indie, ele me lembra vários integrantes de bandas alternativas que eu conheci na cena musical underground de Bauru. E, por mais estranho que possa parecer, o rapaz de apenas 23 anos já está sendo idolatrado como um guru da nova música brasileira. Dessa banda cuiabana, vale a pena ouvir "Los Chicos de Ayer" (South America), "Semáforo" e, pra espanto de muitos, a regravação que eles fizeram de "O mar", do mestre Dorival Caymmi, para o DVD "Multishow Registro". Os garotos conseguiram colocar uma batida bem rock and roll na música, o que a deixou menos maçante se comparada à sua versão original, na voz arrastada e baiana de Caymmi. Ao que tudo indica, Vanguart veio pra abrir um novo caminho na música brasileira, quem sabe fazê-la dar uma respirada. Sejam bem-vindos então!

Em tempo: pra quem nunca ouviu falar de Vanguart, entre no myspace dos meninos: http://www.myspace.com/vanguart

E pra conferir a inspiração destes moleques, segue a letra de "Semáforo", um de seus sucessos:

Semáforo
Vanguart
Composição: Helio Flanders


Hoje é terça-feira
O céu borrou a cor
Ó minha mão do céu
Ó meu pé do chão
Ó minha mão do céu
Ó meu pé do chão
Eu não ouço você
Eu não ouço você (mais alto)
Eu não creio em você
Só acredito no semáforo
Só acredito no avião
Eu acredito no relógio
Só acredito
Só acredito
Hoje é terça-feira
E o céu se põe debaixo do tapete
Um tesouro
Eu não acredito, eu não acredito, eu não acredito, eu não acredito não
Só acredito no semáforo
Só acredito no avião
Eu acredito no relógio
Acredito no coração
Não, não, não
Hoje é terça-feira
Hoje é terça-feira
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos seus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Voam...voam...voam
Com olhos de anis
Com asas de fogo
E meus olhos cheios
De mágoa então.
Hoje é terça-feira
Hoje é terça-feira
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos seus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Todos meus amigos
Querem....morrer...
Querem morrer.

segunda-feira, 23 de março de 2009

As aventuras de Madame CoCo no Expresso do Oriente


Queridos leitores! Quantas saudades eu estava sentindo de vocês!

Bem, vocês sabem como eu sou uma cidadã do mundo e ficar muito tempo parada em uma só cidade por mais de um mês definitivamente me cansa muito. É por isso que estou há tanto tempo sem postar aqui, pois eu precisava dar um mergulho novamente no Rio Nilo. A última vez foi em 1953, mas tive que sair intempestivamente da água por causa de uns crocodilos irritantes que queriam a todo custo fazer de minhas sólidas carnes a sua refeição. Como eu sou desatenta! hihihi! Fora esse contratempo, lembro-me que aquele foi um verão delicioso! Eu estava viajando pelo Expresso do Oriente, aquele conhecidíssimo trem que a minha amiga Agatha Christie descreve tão bem em um de seus livros de mistério mais aclamados.

Aliás, devo fazer uma revelação a vocês, caros leitores, pois tenho um sério compromisso com a verdade. Agora que minha querida amiga já está no além, ela me autorizou a contar que a famosa história de seu romance é altamente verdadeira! Não há nada de fictício no assassinato desvendado por aquele charmoso inspetor belga, o Hercule Poirot. (Devo confessar que após ele solucionar o mistério, tivemos um breve affair, mas os detalhes picantes dessa história eu não posso contar, meus queridos leitores, pois, como sabem, eu sou uma mulher reservadíssima e acho indelicado revelar certas coisas aqui! hihihi).



Bem, para quem não conhece a história, vou contar algumas de minhas lembranças mais fortes. Em 1935, desiludida por conta do fracasso de uma das minhas coleções outono-inverno, decidi embarcar no Expresso do Oriente para esquecer as mágoas e dar uma sacudida na poeira. Sabem como é, viajar é sempre o melhor remédio e fazer o percurso de Paris até Budapeste a bordo daquele magnífico trem me parecia a idéia mais sensata a seguir. Mal sabia eu que eu seria praticamente testemunha de um dos assassinatos mais misteriosos e famosos da história e que depois seria retratado na literatura e até no cinema! Aliás, meus caros, minha grande amiga Agatha até me concedeu a imortalidade dando a uma de suas personagens do livro a minha identidade.


Ela ficou muito agradecida com o meu relato dos fatos, que resultou em seu extraordinário romance, e depois quis me homenagear através de uma das personagens, aliás, a única fictícia da história, depois vocês saberão o porquê. Pois bem, vocês já devem estar mortos de curiosidade sobre quem sou euzinha nesta história, não é mesmo?

Os fatos que vou relatar a seguir são muito dramáticos e até hoje me causam uma certa consternação, meus amigos. Tudo aconteceu naquele inverno pavoroso de 1930, quando uma linda garotinha, a menina Daisy Armstrong, foi seqüestrada enquanto dormia e, mesmo após seu pai ter pago o resgate, a pobrezinha apareceu morta.

Cinco anos mais tarde, o nosso viril inspetor Poirot apanhou o trem em Istambul, pois seus planos eram passar umas férias tranqüilas a bordo do Expresso do Oriente, a caminho de Calais, na França, com conexão para Londres. Mas seus planos foram por água abaixo quando Poirot foi convidado a solucionar um caso que acontecera bem no meu vagão, na noite posterior a sua chegada.

Um dos passageiros, o senhor Ratchett, foi encontrado morto pelo mordomo, na manhã seguinte. Eu cruzei pelo corredor com o senhor Ratchett, um cavalheiro de aparência muito distinta, assim que subi no trem. Desastrada que eu sou, deixei cair sem querer meu lencinho de seda aos pés do senhor Ratchett, que tão educadamente o pegou e me entregou. Após este fato pitoresco, tomamos uma chícara de chá preto com biscoitos no vagão-restaurante. Foi uma tarde incrível! O senhor Ratchett tinha um humor adorável e me contou algumas histórias um tanto quanto curiosas sobre sua vida.

Imaginem só a minha consternação um dia depois, quando soube que ele fora assassinado e ainda por cima no meu vagão! Foi uma desolação só, tive de tomar alguns comprimidos para me acalmar e, em seguida, aconteceu o meu primeiro contato com o inspetor Hercule Poirot, que me interrogou. Lembro-me como se fosse hoje de seu charmoso bigode e de seus olhos que tentavam me perscrutar, tentando ao máximo colher informações que eu pudesse estar escondendo em meu relato, mas que, de alguma forma, meus olhos deixassem escapar. Que magnetismo aquele homem tinha, meu Deus!
Eu contei a monsieur Poirot que tinha visto um estranho em minha cabine e depois encontrei o botão de um uniforme e uma adaga manchada de sangue. Ele me revelou que o senhor Ratchett, aquele distinto homem com o qual passei uma tarde tão agradável, era, na verdade, Cassetti, um mafioso que teria pago a um criminoso para seqüestrar e matar a menina Armstrong e, em seguida, fugido com o dinheiro do resgate.

Eu fiquei tão desorientada com tamanha revelação que quase tive uma síncope, se não tivesse sido gentilmente amparada pelos braços fortes do senhor Poirot, que depois disso me conduziu delicadamente até a minha cabine para que eu pudesse descansar.
Caros leitores, a partir daqui o que se segue é um spoiler da história, portanto, quem não a conhece e não deseja saber o final, é melhor que pare de ler este relato agora, pois o livro de Agatha Christie é surpreendente e vale a pena ser lido antes deste meu post.


As investigações de Poirot prosseguiram e ele descobriu que os doze passageiros que havia interrogado tinham algum tipo de ligação com a família Armstrong, seja por parentesco ou amizade, e que todos haviam faltado com a verdade em seus depoimentos. Desta forma, ele concluiu que não havia um único assassino, mas sim doze! Sim, minha gente, cada um destes doze passageiros fazia parte de uma vingança orquestrada pela família da pobre garotinha Daisy Armstrong para matar seu assassino.

Como encontrar doze assassinos é mais difícil do que um só, este crime parecia perfeito aos olhos dos Armstrong. Cada um dos doze foi responsável por dar uma punhalada naquele crápula que assassinou tão friamente a nossa menininha. Bem, vocês querem saber quem eu sou nesta história, certo? Minha querida amiga Agatha reservou pra mim um papel importante na trama, o de Greta Ohlson, interpretada no cinema por ninguém menos do que a diva Ingrid Bergman, que até ganhou um oscar de melhor atriz coadjuvante por sua belíssima atuação no filme de 1974, mas que se consagrou mesmo por seu papel como Ilsa Lund, a foragida de guerra, em Casablanca.



Na história, eu fui uma das que apunhalaram o senhor Ratchett mas devo salientar que esta é a única personagem fictícia do livro. Como Agatha queria me homenagear, eu pedi a ela que me retratasse como uma dama muito da fina e, depois que eu soube que aquele senhor com o qual eu havia flertado não se passava de um criminoso da pior espécie, fiquei louca de vontade de eu mesma ter dado umas punhaladas no infeliz. Assim, a única solução encontrada por minha amiga escritora de incrível imaginação foi me inserir na trama como um dos doze assassinos. Desta forma, eu pude dar a minha punhalada de desforra no senhor Ratchett, mesmo que apenas através da ficção.

Portanto, na realidade o senhor Ratchet foi assassinado por onze passageiros do trem, e não por doze, como é relatado no livro. Eu posso até ter me enganado quando conheci o senhor Ratchett e nutri por ele uma ilusão amorosa mas, meus caros leitores, ainda bem que, depois disso, acertei direitinho com o senhor Hercule Poirot. Continuamos a viagem pelas inebriantes paisagens do Oriente e vivemos um romance lindíssimo, que nem o cinema seria capaz de retratar.

Em tempo: eu sou incapaz de matar uma asquerosa barata - quem dirá um ser humano? - e condeno todo tipo de violência contra qualquer ser vivo. Mas adorei ser retratada no livro como uma assassina impiedosa e elegante! hihihi!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um breve intervalo...


Caros leitores
Porque Carnaval é Carnaval, seja aqui ou na Burquina Faso, e porque eu também não sou de ferro, decidi cair na folia, mas em Veneza porque eu sou fina. Assim, aviso que este blog vai ficar temporariamente de recesso mas logo que eu voltar da minha trip, trarei novas entrevistas na bagagem.
Kissous!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Adquira já a sua linda vídeo-torradeira!!!

Não sabe que fim dar àquele seu velho video-cassete? Descubra como transformá-lo em uma magnífica torradeira. As torradas saem quentinhas e já marcadas com "VHS". Bacanérrimo! Confira o passo-a-passo: http://www.instructables.com/id/How_to_make_a_VHS_video_toaster/

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Um novo conceito de presente












Já pensou em ganhar de presente um magnífico jantar com direito a pernoite no Burj al Arab, o hotel mais luxuoso do mundo, construído em Dubai (a mais hype das cidades atuais), nos Emirados Árabes? Ou quem sabe se no seu próximo aniversário alguém te der um safári na África de presente? Aposto que você não iria achar nada mal. Mas, se os seus amigos forem menos abastados, talvez eles lhe proporcionem uma tarde de degustação em alguma chocolateria de Paris.

Achou absurdas as idéias acima? Pois saiba que a última moda em presentear na Europa agora responde por um nome: Smartbox. Trata-se de uma caixinha com um livreto e um cupom que funciona mais ou menos como aqueles famosos - e arcaicos - vales-presentes.










A idéia é mais ou menos assim: em vez de presentear alguém com um produto, seja um perfume, um CD, DVD ou um livro, porque não proporcionar a essa pessoa uma experiência realmente inesquecível? Nada contra um bom perfume francês, mas, cá pra nós, tem hora que a gente não faz idéia do que dar de presente para aquele amigo que mais parece uma esfinge, não é mesmo? Sem contar que o objetivo de um presente é ser marcante. Quer coisa mais marcante do que uma experiência de verdade, seja um banho de cachoeira, um day spa, um vôo de asa delta, um passeio de lancha ou um almoço em uma cantina italiana?


Assim surgiu a idéia da Smartbox. Na caixinha vem um livreto com as mais diversas atividades: passeios off-road, escapadas para hotéis, spas, degustações, workshops, shows, jantares ou almoços em restaurantes e o que mais a cabeça inventar. Há diversas modalidades, como "restaurantes", "hotéis", "bem-estar", "para ele", "para ela", "para casais", "escapada pitoresca", "aventura", "sonhos e delícias", etc.






Há opções para todos os gostos e bolsos. Por cerca de 30 euros (R$ 90), é possível dar de presente a um amigo a tal degustação em uma chocolateria de Paris. Já quem pode desembolsar um pouco mais tem a possibilidade de dar a quem ama um pacote completo em algum hotel de luxo no sul da França ou em qualquer outro país europeu. Seja qual for a opção, mesmo a mais simples acaba sendo i-nes-que-cí-vel.


Esses dias ganhei de presente uma Smartbox de uma amiga. A caixinha surpresa me trazia uma degustação em uma charmosa déli francesa. Foi uma tarde inteira entre baguetes, croissants, brioches, crémes brullés, entre outras guloseimas. Saí cinco quilos mais gorda mas foi uma delícia!

Agora, próximo do aniversário de uma semana deste blog, desafio algum leitor camarada a me dar de presente uma diária no Burj al Arab para eu relaxar um pouquinho. Quem se habilita?


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Madonna e Marilyn finalmente reconciliadas

A velha contenda entre Marilyn Monroe e Madonna pelo título de eterna diva platinada finalmente chegou ao fim. A disputa entre Norma Jean Baker (Marilyn) e Madonna Louise Veronica Ciccone é antiga e ninguém sabe ao certo como começou. O que se sabe é que as duas loiras compartilham uma extensa lista de conquistas amorosas, principalmente no campo presidencial. Além do badalado John F. Kennedy, outros presidentes que também se renderam ao sex appeal das "material girls" foram Bill Clinton, Barack Obama, Sarkozy, Chavez e Traian Basescu (presidente da Romênia).

As duas não se telefonam há um quarto de século. Isso mesmo, meus queridos, 25 anos, a mesma idade de Lourdes Maria Ciccone, a primogênita de Madonna com Iggy Pop. Uma das teorias é a de que Madonna teria ficado fula da vida quando, ao encomendar seu retrato com Andy Warhol, soubera que ele teria feito o de Marilyn primeiro. Esta é uma ferida não cicatrizada para Madonna. Já Marilyn parece não ter gostado nem um pouco de ter sido trocada por Madonna no coração de Bill Clinton. Esta foi a revanche de Madonna, que sempre quis ter o amor de Kennedy e, ao que parece, nunca conseguiu, pois ele sempre foi louco por Marilyn.
O fato é que essa quizila mesquinha entre duas rainhas da indústria pop gerou duas tribos que também não se bicam: os pró-Madonna e anti-Marilyn, também chamados de Madonnistas, e os pró-Marilyn e anti-Madonna, mais conhecidos como Marilynistas.
Como se não bastassem essas duas crias indesejáveis da briga, a contenda tem criado situações saias-justas em premiéres, Emmys, Grammys, festivais de Cannes, entregas do Oscar e outras badalações. As RPs e assessorias de imprensa destes eventos sempre tiveram de tomar extremo cuidado para fazer com que as duas estrelas rivais não se esbarrassem de jeito nenhum. Caso contrário, o anfitrião seria sumariamente defenestrado da agenda das musas. E, convenhamos, ninguém quer dar uma festa onde Madonna e Marilyn Monroe não estejam, certo? É o mesmo que servir cerveja quente em churrasco. Simplesmente não dá.
Disposta a reconciliá-las por eu ser amiga de ambas, insisti durante um ano com os respectivos agentes das musas para promover um encontro entre elas. Na verdade, para lavar a roupa suja mesmo. Afinal, até para um modelo de Saint-Laurent ou Balenciaga, sempre chega a hora dele ir pro tanque. Eis que esse dia finalmente chegou, em minha casa em Zurique, na Suíça, país reconhecido historicamente por sua neutralidade política e excelência no campo da diplomacia.

Me: Afinal de contas, por que é que vocês duas não se bicam, heim?

Marilyn: Eu não tenho nada contra a Madonna, pelo contrário. Acho que ela encontrou o tom certo de loiro pro cabelo dela. E o corte em camadas também ficou perfeito. Mas também acho que ela me sabotou ao filmar Evita, pois todo mundo sabe que essa idéia era minha há anos...
Madonna: Quem você pensa que é, queridinha? Eu e Evita sempre fomos amicíssimas e em seu leito de morte a própria me pediu que eu a interpretasse nos cinemas. Se alguém aqui pode ser chamada de ladra, esse alguém é você, que me roubou o Kennedy...

Marilyn: Aff, que absurdo! Todo mundo sabe que o Kennedy nunca quis saber de você. Você é que sempre arrastou asa pra ele, mesmo quando ele era meu marido!

Madonna: Marido?? Desde quando vocês eram casados? Que eu saiba, a única coisa que você foi dele é amante. Aliás, aquela sua saída do bolo de aniversário, patética por sinal, só comprova sua concubinagem com ele. Uma esposa de bem jamais faria isso.
Marilyn: E desde quando você sabe o que é ser uma esposa de bem?

Madonna: Desde que me casei com Iggy Pop e depois com Guy Ritchie. Eles me fizeram uma mulher melhor. Você devia se casar também, Marilyn. E se converter à Cabala...
Marilyn: Casar? É, pode até ser. Depois de pular de bungee jump do alto do Everest, essa é a minha próxima aventura radical da lista. Agora, Cabala nem pensar! Odeio homens circuncidados! Mas vamos mudar de assunto. Por falar nos seus casamentos, apesar dos escândalos, devo confessar que senti uma pontinha de inveja de você. Seus vestidos ficaram bárbaros, heim, garota? É verdade que foi você mesma quem desenhou os modelos e só mandou pra Miuccia Prada costurar?

Madonna: Isso é uma lenda! Eu lá sei desenhar alguma coisa? (Risos)
Marilyn: Ah, duvido! Você foi sempre tão talentosa! Eu me lembro bem que você era uma excelente desenhista em nosso tempo de colégio...
Madonna: Talentosa, eu? Nunca cheguei nem aos pés de você. Seus espacates, estrelas e paradas de mão sempre foram muito melhores que os meus!

Marilyn: Nossa, que saudade daquela época! Nossos sonhos se resumiam a ser ginastas de sucesso ou bailarinas de nado sincronizado nas Olimpíadas de 86, lembra?

Madonna: Mas é claro que me lembro! Dia desses, até estava pensando em colocar uma piscina de vidro e algumas barras e traves no palco de um dos meus shows, o Hard Candy, mas não achei ninguém a sua altura pra fazer os números comigo...

Marilyn: Ai, querida, jura que você lembrou de mim? Não seja por isso! Eu faço os números com você no show! Mas só se você me deixar cantar Like a Virgin no palco! Adooooro!

Madonna: Like a Virgin não está no repertório, mas pra você participar eu aceito qualquer coisa! Você pode até abrir meu show cantando essa música...
Marilyn: Obaaa! Vou adorar cantar com você no palco! Confesso que eu fiquei um pouco enciumada quando você beijou a Britney Spears naquele seu show. Queria que tivesse sido eu no lugar dela...
Madonna: Ai, querida, aquilo foi um horror, sabia? Coisas do show business. Pra te falar a verdade, eu nem queria dar um selinho naquela guria problemática e alcoólatra...Ela tem bafo de onça pintada! Mas você eu beijaria no palco, com certeza!

Marilyn: Yupiee! Ganhei meu dia hoje! Vai ser um estrondo a gente se beijar em pleno show! Uma ótima jogada de marketing pra mostrar que estamos reconciliadas. Pensa só no que a mídia vai dizer?

Madonna: É mesmo! Isso vai movimentar nossas carreiras!

Marilyn: Quer dar um pulo lá em casa amanhã pra ensaiar?

Madonna: Sério que você topa?! Vou adorar ir até a sua casa!

Marilyn: Então está combinado, querida! Beijo, me bipa!

Madonna: Kissous!!! (kisses + bisous [beijo em francês] - expressão conhecidíssima de Madonna).

Nota de rodapé: É, nada como lembrar de um passado feliz para esquecer as mágoas do presente. Saí emocionadíssima com esse reencontro das duas musas loiras do pop. Quem poderia imaginar que elas foram unha e carne na infância?